O lesbianismo está presente no cinema desde 1929, quando duas atrizes
quebraram os tabus da indústria cinematográfica e protagonizaram o
primeiro beijo entre duas mulheres no longa-metragem Mädchen in Uniform. Depois disso, as garotas conquistaram as telas e despertaram o imaginário de homens e admiradoras do mundo todo.
Nos anos 90, é possível encontrar longas-metragens de grande referência ao ícone lésbico em produções como Instinto Selvagem (1992) e Segundas Intenções
(1999). Esse último gerou não só uma polêmica por mostrar duas
personagens adolescentes trocando carícias, como também criou a "moda"
das lésbicas sensuais no cinema.
O "padrão" foi seguido em produções posteriores como American Pie (1999), 100 Garotas (2000), Não é mais um Besteirol Americano
(2001) e algumas comédias que adotaram a mesma fórmula. Ainda nos anos
90, outros filmes brincaram com a imaginação dos espectadores.
O maior deles, talvez tenha sido o famoso beijo das atrizes Neve Campbell e Denise Richards no clássico Garotas Selvagens
(1998). As famosas protagonizam ousadas cenas de sexo em um filme feito
para a platéia jovem. A produção gerou tanta controvérsia, que o
diretor John McNaughton teve que cortar algumas cenas picantes.
Passado essa fase, começaram a chegar longas-metragens que buscavam
mostrar uma relação um pouco mais amorosa entre as mulheres. Amigas de Colégio (1998), Assunto de Meninas (2001), Desejos Proibidos (2000) e o recente Meu Amor de Verão
(2004) utilizam esse tipo de roteiro como método para sucesso. Os
mesmos filmes geraram uma série de personagens lésbicas na TV como a
Willow de Buffy - A Caça Vampiros e a jovem Marissa da série The O.C..
Enquanto os romances e os beijos começavam a conquistar os espectadores
sem apelar para o uso da nudez e do sexo, alguns filmes B procuraram
fazer exatamente o oposto. Surgiram produções de pequenos estúdios que
mostravam cenas eróticas entre atrizes pouco conhecidas do cinema
americano. Até a revista Playboy inaugurou suas tentativas de sucesso nas locadoras.
O cinema espanhol também apostou do erotismo, mas de uma forma menos
abusada que o cinema americano. Diretores como Pedro Almodóvar não só
quebraram os tabus para todos os tipos de atitude sexual, como deixaram
claro de que os personagens gays e lésbicas tinham vindo para ficar.
Bem aceitas no cinema, hoje as personagens homossexuais são referência e
orgulho para algumas celebridades. Angelina Jolie, Sharon Stone, Mischa
Barton, Michelle Williams e até Emily Blunt já fizeram cenas quentes
com outras mulheres em longas de destaque.
Inseridas no contexto cinematográfico, hoje essas personagens são
presença quase obrigatória em qualquer filme que proponha buscar a
realidade.
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